sábado, 15 de novembro de 2008

Números do racismo no Brasil

No mês passado, a Universidade Federal do Rio de Janeiro divulgou o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil. O estudo revela alguns dos números do racismo no Brasil:

- De cada 10 brasileiros pobres, 6 são negros;

- A mortalidade infantil é 60% superior entre as crianças negras;

- Uma negra pobre, nordestina, moradora da zona rural ganha, hoje, em média, 1/3 do que ganha um cidadão branco;

- 19% dos negros e 11% dos pardos ou mulatos já se sentiram discriminados por causa da cor em alguma situação relacionada ao trabalho;

- Os negros, que têm rendimentos, em média, de R$ 390,90, recebem em média 46% a menos do que os brancos, que ganham, em média, R$ 718,50 por mês.

Tecnologias educacionais: envolvendo alunos e professores na construção do conhecimento

Quando falamos em tecnologia, geralmente vem à nossa mente coisas “sofisticadas”, como computadores, câmeras digitais e Ipods. Quando falamos em tecnologias na educação não é diferente: lembramos de aparelhos de DVD, computadores, aparelhos de data show. Até aí, nenhum problema: todos estes exemplos se enquadram na categoria tecnologia. Mas, o que nós, professores, costumamos esquecer nessa história é que utilizamos outras tecnologias menos “sofisticadas”, como o giz, a lousa e o apagador.

No caso especifico da educação, o problema que temos para resolver é: como dar às tecnologias um uso eficaz, como transformá-las em instrumentos para apreensão dos saberes e que levem os alunos a intervirem de forma problematizadora na realidade social?

O giz, por exemplo. O hoje tão odiado giz representou um grande avanço tecnológico na arte de ensinar. Basta imaginar alguns povos antigos, que aprendiam a escrever em caixinhas de areia. Se um aluno esquecesse sua caixinha com areia, ficava em situação complicada. Assim, nesse sentido, a invenção do giz foi uma grande revolução.

E ainda hoje o giz tem sua utilidade para a transcrição de informações importantes (curtas, de preferência). No entanto, preencher a lousa com um texto que ocupará todo o tempo da aula e levará o aluno a exercitar a mão durante 50 minutos, quando poderia estar exercitando a mente e a palavra em discussões realmente relevantes – isto é um contra-senso, numa época em que as informações circulam em grande velocidade e dispomos de mídias mais interessantes para acessar essas informações, como livros, CD-ROMS, DVDs e Ipods.

Percebemos assim que podemos melhorar a relação ensino-aprendizagem procurando usar as tecnologias educacionais da melhor maneira possível. De que adianta dispor de computador com acesso a Internet se o utilizo tão-somente para visitar sites de tititis sobre celebridades e outras coisas do gênero?

Assim, podemos ter as mãos o PC de última geração e utilizá-lo de maneira pouco significativa no aprendizado. Logo, devemos traçar objetivos educacionais claros e práticos, que proporcionem uma relação ao mesmo tempo prazerosa e produtiva com a tecnologia, fazendo com os saberes em foco tenham real sentido para nossas vidas.